Resumo do Zen Budismo

Por: Ryath (Inspirado pelos Mentores Espirituais)

O Zen é uma religião que prega uma filosofia que o importante é a meditação, a prática espiritual, e rejeita o intelectualismo, os estudos da teoria, então mestres que passam ensinamentos são muitas vezes mal vistos, como já aconteceu com o Reverendo Genshô.
Muitas vezes quando se fazem perguntas teóricas, a resposta para essa questão é que o Zen é uma religião de prática, e não de teorias.

Zazen e Kinhin

 


É o nome do principal estilo de meditação do Budismo, onde se busca deixar a mente vazia de pensamentos, e ficar sentado e imóvel.
Para o Zazen existe uma almofadinha que se chama Zafú, que é um jeito mais confortável de meditação.
Ficar sentado na almofadinha por um tempo deixa a perna formigando, então existe um tipo de meditação, que é Kinhin, onde o praticante fica por um tempo meditando andando, ou seja, fazer essa ação sem pensar em nada, e precisa de treino para isso.
Nos retiros costuma se fazer o Kinhin por 10 ou 5 min. para depois sentar e voltar ao Zazen.

Outras formas de Meditação

 


Como o mais importante para o Zen é a meditação, então existem muitas formas de se meditar, como, por exemplo, a cerimônia do Chá, em que se busca faze-la sem pensar em nada, apenas vivenciando o momento de tomar o chá.
Também existe a forma de meditar lavando os pratos e fazendo tarefas rotineiras como faxina, cozinhar e arrumar a casa, e até trabalhos manuais.
Tudo pode ser uma pratica de vivermos o aqui e agora, que é chamado quando estamos atentos ao momento presente, sem pensar em nada, mas vivenciando a atenção plena.
A Atenção Plena é manter-se focado no agora, e elas ajudam que nos aprofundemos nos níveis de consciência durante o Zazen, ai então atingirmos a iluminação, o Nirvana, que é a principal meta do Budismo.

O Nobre Caminho Óctuplo

 


É o caminho da atenção plena e meditação, como vimos acima, mas também da pratica moral, pratica de bondade e de evitar fazer o mau.
O Nobre Caminho Óctuplo ensina a fazermos o bem e nos abstermos do mau em nosso trabalho, pensamentos e ações e fala, além de nos esforçarmos em toda pratica budista.

Karma

 


Diferente do que pensamos sobre Karma no Ocidente, que só usa esse nome para falar das más ações, que resultam em sofrimentos, pois tudo o que fazemos volta para nós, seja o bem ou o mau.
No Budismo, assim como outras religiões Orientais toda ação que fazemos é Karma, seja boas ou ruins.
Se uma pessoa faz mal para alguém intencionalmente, então um dia também vai sofrer, pois tudo o que fazemos volta.
O Nobre Caminho Óctuplo que consta em fazer o bem e não o mau, o que acontece é que evitamos karmas ruins e ganhamos karmas bons.
O que chamamos de Karma positivo no Budismo, o Ocidente fala que isso é um Dharma, que também difere do conceito budista de Dharma.
Dharma no Oriente significa sabedoria ou os ensinamentos das religiões orientais, como as do Budismo, por exemplo.
O reverendo Genshô ensina que algumas pessoas progridem muita com a prática, e outras não, e isso se deve a karmas negativos.
O antidoto para ganhar karmas positivos, é, justamente, fazer boas ações e ajudar os seres.

Kenshô, Satori, Samadhi e Vacuidade

 


O Budismo é uma religião mística, e isso significa que ele busca a expansão de nossa consciência para além de nós mesmos, indo até mesmo ao Todo que existe.
O Budismo acredita que existe a soma de todas as vidas, formando uma unidade, e a busca do misticismo é a integração do ser com a mente coletiva.
Podemos vivenciar experiências que nos sentimos que fazemos parte dessa consciência coletiva, e isso é o Kenshô.
A experiência mística é o Kenshô.
O Satori é o domínio do Kenshô, ou seja, a pessoa pratica tanto que atinge o domínio de ter a experiência mística quando quiser, mas isso não é o Nirvana, a iluminação.
O Samadhi é uma superconcentração, e através dela conseguirmos o estado de conexão com o absoluto, e o absoluto é tudo o que existe, a soma de todas as vidas.  
A Vacuidade é a para o Budismo a realidade, que nos sentirmos integrados a tudo, a soma de todas as vidas existentes, e nós somos um pedaço desse todo, e fazemos parte dele.
Para o Budismo a realidade da existência é essa, é que somos o Todo Existente, juntamente com tudo o que existe.

Autoconhecimento e Nirvana

 


Autoconhecimento é o resultado da prática espiritual, é o aprendizado que temos no Budismo, com a meditação, a atenção plena, a pratica do bem e o se abster do mau.
Cada filosofia, escola espiritual ou religião tem suas próprias práticas para ganhar autoconhecimento e atingir a iluminação, e o Zen tem as dele.
O Nirvana é conquistado com um autoconhecimento muito grande sobre si mesmo, mas não é o final do caminho.   
No Nirvana conseguimos um nível muito grande de autoconhecimento, isso desperta em nós um amor pelos outros muito grande, que são sentimentos muito gostosos e agradáveis, que tu sente o tempo todo, e por isso a conquista da iluminação é muito importante, para sermos felizes.
O Nirvana também é o pensar no coletivo, e não mais individualmente, que é o resultado da nossa expansão da consciência, nossa aproximação da Vacuidade.

O Reino do Samsara e a Libertação Dele

 


O reino do Samsara é que todo mundo passa, segundo o Budismo por sucessivas vidas, chamadas de renascimento ou reencarnação.
No Reino do Samsara existe o reino humano, que é onde estamos agora, mas em uma futura vida podemos viver em locais terríveis, locais de sofrimento, e locais bons e maravilhosos.
Porém viver em locais maravilhosos podem esgotar nossos karmas positivos, aí então teremos outras vidas sem nada que traga algo de bom para nos acontecer, o que ajuda demais em nossa jornada.
Quando uma pessoa atinge o Nirvana, ela sai do reino do Samsara, e tem suas vidas futuras em outros locais, mas que ajudam espiritualmente com as pessoas que vivem no reino do Samsara, pois nele existe sofrimentos, e os iluminados não querem que as pessoas sofram.

Essência

 


Nossa essência é o que tem vida em nós. É o conceito igual ao de alma das outras religiões.
A nossa essência é o que passa de uma vida para outra, nossa personalidade, mas a nossa existência é a mesma.
Nossa essência é mutável, e o Budismo difere da Yoga e do Hinduísmo nesse sentido, pois eles acreditam que o Eu Verdadeiro é sempre igual.
Se não conseguirmos atingir o Nirvana em uma vida, podemos atingir na próxima, mas em uma religião diferente, pois todas elas buscam a iluminação.
A nossa essência segue se autoconhecendo cada vez mais, e vai se tornando cada vez mais luminosa, e isso quer dizer que ela é cada vez mais bondosa, com amor, compaixão e grande felicidade.
Mesmo quando alguém atingiu a iluminação, ainda tem o que progredir, e o Buda Sidarta Gautama, fundador do Budismo, dizia que ele também continuava tinha o que ganhar autoconhecimento.

Poderes Paranormais

 


As práticas da meditação levam ao desenvolvimento de poderes paranormais, mas eles são proibidos de serem usados, pois normalmente alimentam nosso ego, nos fazendo achar melhores que os outros que não possuem tal dons.
Buda foi um praticante de Yoga, e essa filosofia com suas práticas também desenvolvem os poderes paranormais, mas se pode utiliza-los, dentro dos ensinamentos dela.
Para a Yoga o despertar dos poderes paranormais, são o despertar da Kundalini, uma energia que fica dormente no corpo humano, mas que pode ser ativada.
O Budismo não explica muito isso, mas em regiões como a Umbanda e o Espiritismo, se pode também desenvolver esses poderes, o que é muito interessante.
Um dos poderes paranormais, segundo a Yoga, é a mediunidade.

 

 

Alguns Destaques: